quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Hoje eu vi um raio de sol….

Acordei, abri a persiana e, que raio, no meio da tempestade, da chuva torrencial com ventos ciclónicos, eu vi um raio de sol. Bem, na verdade não era uma raio de sol verdadeiro, provavelmente era um raio de sol prozaquiano, mas era um raio de sol, coisa que já não sentia fazia semanas… hmmm que bem que me senti a saborear o calor que emanava daquele fiozinho de esperança… A esperança era tão fininha e ténue quanto o raio de sol que brotava no meio da tempestade, mas existia, e era sobre uma entidade brutalmente grande… a vida. Deixei de projectar o futuro sobre uma 3ª pessoa e passei a fazê-lo sobre mim. Sou o centro da minha própria vida. Grandioso sentimento. Estou a ganhar o “espaço de manobra” que tanto ansiava, que aos Deuses implorei, mesmo aos que não acredito…
Lentamente desaparece a nuvem negra que pairava sobre a minha própria existência. Ainda não nasci, mas acredito que já me encontro num momento pós concepção, gostava mesmo de acreditar, que já me encontro numa fase do período de gestação protegido, fora de alcance da IVG.


“A esperança, enganadora como é, serve contudo para nos levar ao fim da vida pelos caminhos mais agradáveis”
François Rochefoucauld